UM CORPO A CADA 19h, essa é a média de pessoas assassinadas pela Operação Escudo (Verão) desde 7 de fevereiro. O cenário é ainda pior quando somado o número de vítimas da primeira e segunda fase dessa operação, que na verdade é um chacina a mando do governador e de seu secretário Derrite.

Juventude Já Basta!

O DIABO VESTE FARDA!

Trata-se do segundo maior massacre institucional da história do estado de São Paulo, atrás apenas do massacre do Carandiru. A política de extermínio de Tarcísio tem enfrentado menos repúdio do que Fleury, o responsável pela chacina do Carandiru, o que deixa claro que o Estado brasileiro e seu braço armado, a polícia que mais mata no mundo, cada vez serve mais apenas às elites e aos seus interesses.

Tarcísio governa em São Paulo praticamente sem qualquer tipo de oposição política consequente, combativa e coerente. Tem uma avenida livre para impor seu programa de morte e privatizações. Se beneficia de uma “oposição” que não faz nada além de contribuir à naturalização da barbárie e à contenção das necessárias e urgentes lutas pelas ruas!

Isso fica evidente quando Guilherme Boulos (PSOL), pré-candidato a prefeito da cidade de São Paulo diz: “Pelo que vi em Santos, se bobear o Lula traz até o Tarcísio (para a frente ampla)”. Ou quando nessa semana, em entrevista para o jornal da Record, diz que se eleito sentará com Lula e Tarcísio para formular um plano de segurança pública para a maior metrópole do país.

Tarcísio, o mesmo que forjou uma morte de um jovem em Paraisópolis em época de campanha para fazer disso um fato político e impulsionar sua candidatura, precisa ser enfrentado com seriedade, com consequência e firmeza.

A esquerda socialista precisa romper com o economicismo que não conecta, articula e unifica as mobilizações concretas contra Tarcísio. Isso passa, necessariamente, por impulsionar uma luta politica ligada a demandas independente pelas ruas. Devemos exigir o fim imediato das operações-chacinas, a punição de todos os responsáveis pelos assassinatos e o fim da Polícia Militar.

Precisamos combinar essas lutas contra o privatismo – SABESP e do transporte público -, do sucateamento da educação – retorno dos 5% do orçamento educacional tirado por Tarcísio e sua base de apoio na ALESP – e de todo o serviço público. Tudo isso deve culminar com a campanha permanente do “Fora Tarcísio”

Uma luta central que se deve combinar também com a campanha nas ruas pela prisão de Bolsonaro e de todos os golpistas, sem nenhuma anistia aos militares e políticos bolsonaristas envolvidos!