É com imensa consternação que recebemos a notícia da morte de Paulo Aguena. Conhecido como Catatau ou, simplesmente, Cata, Paulo faleceu aos 60 anos de idade vítima de um câncer extremamente agressivo.

Apesar de ter sua vida encurtada pela doença, Paulo teve uma longa trajetória de 40 anos dedicada à militância. Inicia sua vida política em 1979 no movimento estudantil da Universidade Federal de São Carlos e ingressa no mesmo ano na Convergência Socialista (corrente trotskista interna do PT até a sua expulsão em 1992 e posterior base para a formação do PSTU).

Paulo milita nessa corrente até 2016, participa de uma série de processos de construção, na formação de oposições sindicais e experiências de construção internacional. Milita no PSTU até 2016, depois rompe com essa organização e vai ao PSOL construir a Resistência.

Independentemente das diferenças táticas, políticas e teóricas que tínhamos com ele e sua organização (mais recentemente sobre os desafios da situação mundial marcada pela polarização desconcertante entre rebeliões populares e reabsorções, pela necessidade de relançamento do marxismo revolucionário mundial e construção de uma corrente revolucionária no Brasil que não capitule ao frenteamplismo e possa construir uma alternativa estratégica ao lulismo), Paulo era um abnegado militante, dirigente e construtor partidário.

Paulo era um desses militantes fundamentais para a sua causa. Parafraseando Brecht, era um desses imprescindíveis que lutam a vida toda, por isso, com toda essa vontade do novo, nada é impossível de mudar. Nós, da corrente Socialismo ou Barbárie – SoB,  queremos nesse momento de dor, solidarizar-nos com a sua família, amigos e companheiros da Resistência. Paulo Aguena (Cata), presente, agora e sempre!