Já Basta!

Amanhã, 11 de agosto, está marcado um novo ato pelo Dia de Estudantes. Nesta ocasião, essa comemoração vai acontecer no meio de uma campanha de ataques contra a educação pública. Vejamos alguns fatos.

Primeiro, está a implementação do Novo Ensino Médio (NEM). Essa reforma instituiu uma mudança curricular, diminuindo a carga horária das disciplinas regulares e estipulando “itinerários formativos”. Isso vai baixar a qualidade do ensino médio e dificultar que muitos estudantes superem o filtro social e racial do vestibular para ingressar à universidade.

Além disso, muitas empresas privadas enxergam nesse formato uma oportunidade para se infiltrar e promover ideias vinculadas ao “empreendedorismo” aos jovens. Um exemplo disso é o iFood, que investiu em itinerários formativos no estado de São Paulo e em Sergipe, promovendo a formação de jovens para um mercado de trabalho cada vez mais precarizado.

É importante lembrar que, dita reforma, foi aprovada em 2017 durante o governo reacionário de Temer, mas que o atual governo não pretende revogar como parte de seus arranjos com setores da burguesia.

Segundo, há poucos dias o governo federal aplicou um bloqueio orçamentário de R$1,5 bilhão, pelo qual a pasta da educação teve um corte de R$332 milhões, enquanto no caso da pasta da Saúde o corte foi de R$452. Uma clássica medida de ajuste neoliberal por parte do governo de Lula-Alckmin, para cumprir as metas do teto de gastos e a meta de resultado primário.

Por último, o governo estadual de Tarcísio de Freitas anunciou nesta semana que, a partir de 2024, tiraria os livros impressos para alunos do 6º ao 9º ano, pois daí em diante o material didático de São Paulo passaria a ser 100% digital. Essa medida afetaria a 1,4 milhão de alunos.

Diante desses ataques, é necessário a unidade do movimento estudantil para impedir o sucateamento da educação pública. É necessário que a UNE e os DCEs chamem assembleias democráticas para debater e construir um plano de lutas nacional para derrotar os cortes orçamentários e as reformas curriculares neoliberais que impulsionam o governo federal de Lula-Alckmin e também Tarcísio de Freitas em SP.

Por isso, convidamos a todos os estudantes a se somarem ao ato de amanhã, 11 de agosto, no Dia de Estudante pela revogação do Novo Ensino Médio, o arcabouço fiscal e os cortes orçamentários.