Os estudantes da UFABC podem cumprir um papel importante contra o governo nesse dia 13


Redação

Após sete meses não restam dúvidas de que Bolsonaro é um inimigo mortal da juventude trabalhadora, por isso, precisamos, urgentemente, de unidade de ação e mobilização nas ruas para derrotá-lo.

Além dos direitos democráticos, o governo ataca todos os dias direitos conquistados, privatiza estatais lucrativas, devasta o meio e ataca frontalmente a educação pública. Estamos em uma situação de crescente empobrecimento da população, precarização das condições gerais de vida e crescimento da desigualdade social. Um dos aspectos dramáticos dessa situação é o desemprego que atingiu a cifra de 11,5 milhões no segundo trimestre, enquanto 24,1 milhões sobrevivem a partir das atividades mais precárias possíveis.

 Na educação, Bolsonaro cortou 30% das verbas, o que totaliza cerca de R$ 6 bilhões, e atinge todos níveis educacionais, intervém na autonomia pedagógica e administrativa das universidades e propõe um programa que é uma armadilha, o “Future-se”, que tem o objetivo de destruir o ensino superior.

Os principais sujeitos afetados serão os estudantes de baixa renda, mulheres, negros, indígenas e imigrantes, pois tal corte retira orçamento das principais políticas de assistência estudantil, como as bolsas permanência, moradia estudantil, restaurantes universitários. Além da assistência estudantil, diversos projetos de pesquisa, extensão e programas de intercâmbio vêm sendo continuamente encerrados e cortados por falta de verbas.

Além dessas medidas, desde o início o governo toma medidas que violam direitos democráticos, faz decretos ilegais para armar sua base social, encaminha projeto que visa livrar policiais e militares da responsabilização de uso de arma letal, questiona terras indígenas, apoia o desmatamento, amplia do uso de agrotóxicos, acaba com direitos de defesa dos imigrantes, impõe censura à produção cinematográfica e artística, ameaça de prisão jornalistas que denunciam desmandos do governo e da operação Lava Jato e faz cotidianamente a defesa da ditadura e de seus métodos.

Bolsonaro opera uma ofensiva que deve alertar a juventude das universidades federais.  Esse é um governo protofascista, que visa atacar centralmente todas as políticas destinadas à juventude trabalhadora principalmente as implementadas nos governos petistas, como é o caso das novas universidades federais, como a UFABC.

Conta ainda com o apoio da classe dominante porque é funcional para fazer regredir o conjunto dos direitos conquistados nas últimas décadas. Representa um perigo real para os direitos democráticos, principalmente os de organização e luta. Bolsonaro ataca sistematicamente todas conquistas dos trabalhadores, das mulheres, dos negros, dos povos originários e da juventude.

Por isso, no próximo dia 13 de agosto, é fundamental que a UFABC, faça como o conjunto da juventude ira fazer: superar a postura entreguista das direções sindicais burocráticas, como CUT e CTB e participe pela base ativamente no Dia Nacional de Lutas em defesa da educação, emprego e liberdades democráticas e contra a Reforma da Previdência que contará com atos unificados em todo o país.

Os estudantes da UFABC podem cumprir um papel importante nesse luta, organizando-se contra o “Future-se”, mas também para derrotar a “reforma” da Previdência e toda a ofensiva ultrarreacionária de Bolsonaro.

Todos/as às ruas no dia 13!