“Há todo um velho mundo ainda por destruir e todo um novo mundo a construir. Mas nós conseguiremos, jovens amigos, não é verdade?”

“Quem não se movimenta, não sente as correntes que o prendem.”

“Por um mundo onde sejamos socialmente iguais, humanamente diferentes e totalmente livres.”

(Rosa Luxemburgo)

ANTONIO SOLER

Nesse sábado, 16/10, em clima de grande comoção, inauguramos a nossa primeira Sede Política em São Paulo, a Casa Rosa Luxemburgo. O ato foi transmitido pelas redes e reunimos presencialmente também  dezenas de companheiros e companheiras, dirigentes do movimento sindical, figuras públicas, dirigentes partidários, muitos companheiros da juventude e um representante da direção internacional da nossa corrente.

Agradecemos a participação no evento dos militantes, simpatizantes e amigos da Socialismo ou Barbárie-tendência do PSOL, da Juventude Já Basta, das Vermelhas, dos Professores em Movimento e da Bancada Luta Coletiva. Nos brindaram com a participação Paulo Galo, dirigente dos Entregadores Antifascistas, companheiros do Núcleo Augusta do PSOL e o companheiro Roberto Sáenz, dirigente da corrente Internacional Socialismo ou Barbárie

Não faltaram saudações em vídeo dos companheiros da Corrente SoB, representados por Manuela Castañera (Direção Nacional do Nuevo MAS), SoB França, SoB Espanha, SoB Honduras, NPA da Costa Rica e Juventude Ya Basta da Argentina. Os companheiros do Movimento Esquerda Radical do PSOL (Luta Socialista, Alternativa Socialista, Psol pela Base e Grupo de Ação Socialista), o professor Plínio de Arruda Sampaio Jr e parlamentares do PSOL (Glauber Braga-Deputado Federarl, Carlos Giannazi-Deputado Estadual e Robério Paulino-Vereador de Natal)  também enviaram saudações afetuosas.

Queremos fazer um agradecimento especial às companheiras e aos companheiros da juventude da nossa organização que estiveram à frente da organização, da decoração do espaço e da dinâmica desse lindo evento que emocionou a todos e permitiu uma tarde de discussão política e acalento.

Durante o ato, em uma bela profusão de falas, discutimos a conjuntura política mundial, nacional, os desafios da luta contra o governo autoritário de Bolsonaro, a luta da juventude, da população negra, das mulheres e dos setores mais precarizados da classe trabalhadora. 

Também esteve na discussão a batalha que devemos continuar, no PSOL, para que o mesmo não caia no canto da sereia do oportunismo, que seja um partido cada vez mais a serviço da luta direta para derrotar Bolsonaro e para construir uma Frente de Esquerda Socialista como alternativa independente dos patrões e da burocracia.

Homenagem e compromisso

A inauguração da nossa primeira sede em São Paulo, que leva o nome de Casa Rosa Luxemburgo, é um marco na construção da Socialismo ou Barbárie no Brasil. Passaram-se vários anos de muitas lutas, experiências e aprendizados coletivos para que pudéssemos chegar até este momento. 

A Casa é uma conquista para os militantes brasileiros, mas também para toda a nossa corrente Internacional, pois significa a consolidação no Brasil de um núcleo político revolucionário, jovem e militante, que vem crescendo e demonstrando cada vez mais a sua razão de ser. Além disso, é um espaço que está a serviço da organização da nossa tendência, da militância do PSOL e do movimento social.

O nome Casa Rosa Luxemburgo é uma homenagem, mais do que merecida, e um compromisso com o legado da grande revolucionária polaca, assassinada em janeiro de 1919 em meio à repressão de um processo revolucionário alemão.

Por mais que possamos ter diferenças táticas com determinadas posições de Rosa em temas importantes da revolução no início do século XX, ela foi uma árdua defensora do marxismo revolucionário, da independência frente a governos burgueses de toda espécie (inclusive dos de colaboração de classes) e da auto-organização dos trabalhadores como condição para a revolução socialista. 

O balanço da revolução do século XX, as duas décadas do século XXI, a crise econômica mundial de 2008, as rebeliões populares, o giro à direita dos últimos anos, a pandemia e as novas experiências com governos de “centro”, de colaboração de classes, dão total razão para Rosa contra o reformismo e o neoreformismo.

Junto com os ensinamentos de Marx, Engels e dos demais clássicos do marxismo, estes são referenciais extremamente importantes para combatermos o capitalismo através da mobilização da classe trabalhadora e oprimidos e para a construção de partidos e correntes revolucionárias no Brasil e no restante do mundo  

Nos temas de estratégia revolucionária, Rosa foi pioneira e tem muito ainda o que ensinar. Sua profunda indignação com a exploração e opressão, só era comparável com a sua paixão pela classe operária, pelo movimento de massas e pela revolução mundial. Todo trabalho e vida de Rosa nos deixam referenciais teóricos e práticos extremamente úteis para o atual momento da luta de classes que, como marxistas revolucionários, devemos assimilar profundamente.

Como parte da corrente Internacional Socialismo ou Barbárie, temos como estratégias permanentes impulsionar o movimento dos trabalhadores e oprimidos, a organização independente e a construção de partidos revolucionários com influência de massas. Essas são as coordenadas políticas com as quais construímos, formamos, elaboramos e intervimos na luta de classes e no interior do PSOL como tendência política.

Viva o legado de Rosa Luxemburgo e de todo marxismo revolucionário!

Viva a luta dos explorados e oprimidos contra o capitalismo!

Viva a Casa Rosa Luxemburgo, espaço de luta, organização e formação!