A juventude precarizada se mobilizou em uma nova greve de entregadores

Os jovens precarizados pelas empresas de entregas se mobilizaram novamente no marco de uma nova greve internacional de trabalhadores dos serviços de entregas.

Jovens Trabalhadores Precarizados – JTP

Somos trabalhadores essenciais, mas estamos hiper-precarizados. O grande negócio dos aplicativos é nos fazer trabalhar sem nos dar nenhum direito.

Nossas reivindicações são muitas, porque muito é tirado dos entregadores em termos de direitos: precisamos do aumento das tarifas que foram congeladas por mais de um ano, ART caso tenhamos um acidente, seguro contra roubo, um salário mínimo universal de 50 mil pesos [aproximadamente 3,5 mil reais], que as classificações e pontuações acabem, assim como dizer basta diante dos abusos da polícia. Porque as empresas continuam a ganhar milhões de dólares em negócios em cima do nosso trabalho. Como a Glovo, que vendeu tudo para Pedidos Ya! mas deixou milhares de jovens que exigem urgentemente que seus empregos sejam reconhecidos. Portanto, nós da JTP defendemos o direito de organizar os trabalhadores, é hora de construir um sindicato pela base onde nossa voz seja ouvida.

Nós entregadores percebemos como o negócio dos aplicativos é mais importante para o governo do que nossos direitos trabalhistas. Os direitos estão sob constante ataque, como estamos vendo na recuperação da terra de Guernica [cidade na província de Buenos Aires onde acontece uma grande ocupação com mais 2 mil famílias lutando pelo direito à moradia], onde o governo opta por priorizar o privilégio do negócio imobiliário sobre o direito a uma moradia digna.

Na quarta greve internacional de trabalhadores entregadores, estávamos milhares nas ruas de dezenas de países, mobilizados por melhores ondições de trabalho e por nossos direitos. Contra a repressão e o despejo em Guernica, pela criação de um sindicato pela base, por baixo.

Tradução Gabriel Mendes