A elite vende tudo que toca

Antigo campo do Bangu Atlético Clube ao lado da Fábrica de Tecidos Bangu. O time foi fundado por trabalhadores da fábrica em 1904, intimamente ligado ao bairro e seus moradores até hoje, foi primeiro clube a integrar jogadores negros no Brasil. 

Vitor Rago

No dia 13 de abril de 1314 o Rei Eduardo II proibiu a prática do “futebol” na cidade de Londres, alegando ser uma prática de bárbaros. Séculos depois, em 1863, alguns lordes ingleses se reuniam em um pub para escrever a primeira base de regras adotadas para o futebol moderno.

Um esporte praticado pelo povo, que era considerado nocivo a economia e aos bons costumes, foi apropriado pela classe dominante. Sendo a monarquia inglesa uma forte incentivadora do futebol no século XIX, ele passou a ser usado para disciplina e educação física, jogado nas universidades e utilizado para controle do proletariado.

Com o passar do tempo, o futebol foi internacionalmente mercantilizado e a Inglaterra é hoje o maior centro do “futebol-negócio” no mundo inteiro.

Ainda no século XIX, no Brasil já se viam manifestações operárias revolucionárias que pediam a diminuição da carga horária e melhores condições de trabalho.

Contudo, foi só em 1924 que o então presidente do Brasil, Arthur Bernardes, instituiu a data do 1º de Maio como “Dia do Trabalhador”, todavia, foi na ditadura de Getúlio Vargas que a data tomou outro nome, “Dia do Trabalho”.

Um 1º de Maio em que participam FHC, Maia e Alcolumbre não deve nos seduzir, personalidades como essas defendem o trabalhador tanto quando o governo Bolsonaro e a política economica neoliberal de Paulo Guedes. Lula e Haddad subirem em um palanque como esse nos mostra muito bem a quem podem se associar para o lulopetismo voltar ao poder.

Devemos pensar uma política verdadeiramente revolucionária e libertadora. Por um 1º de Maio dos trabalhadores para os trabalhadores.