Derrubar o golpismo com ampla unidade na ação! Fora Bolsonaro e Mourão e sua política de fome, miséria e autoritarismo.
Martin Camacho
O Dia da Independência do Brasil, desde faz tempo, se apresenta como o dia do grito dos excluídos e este ano não será diferente para aqueles que tiveram o direito à vida negado por Bolsonaro. Só que o atual governo golpista está convocando um ato no mesmo dia para recuperar algum fôlego para ir às eleições de 2022. Encurralado pelas crise da pandemia, isolado internacionalmente, com uma ascendente inflação dos alimentos e da gasolina, com a escalada da fome e da miséria que fazem com que certos setores da população comecem a se dar conta que o governo autoritário de Bolsonaro não tem qualquer compromisso com os trabalhadores e trabalhadoras, apenas com os empresários, com o capital financeiro e com a sua perpetuação no poder.
Os discursos cada vez mais reacionários e de claras intenções de fechamento de regime por parte de Bolsonaro, contra as instituições democráticas, principalmente o STF, chegaram ao limite e precisam ser duramente enfrentadas. No dia 27 de agosto o presidente neofascista chamou de idiota quem estava preocupado com o preço do feijão e disse que “todo mundo deveria comprar um fuzil”, algo que deixa claro que a sua preocupação não é com a fome, mas unica e exclusivamente com a manutenção do poder e para tenta a todo custo mobilizar sua base de apoio e forças policiais e militares para materializar condições para um eventual fechamento do regime. Em um país que triplicou o número de pessoas em situação de miséria, mais de 570.000 morreram pela covid, o presidente insiste apenas na violência e é por isso que não podemos deixar de sair às ruas para barrar as intenções de limitar as nossas liberdades democráticas.
Junto ao discurso de violência golpista, o governo alinhado ao congresso e a classe dominante vêm colocando uma agenda de brutais ataques aos trabalhadores e trabalhadoras e as suas novas gerações. A privatização da Eletrobras, dos Correios, a contrarreforma administrativa e o PL 490 do Marco Temporal deixam claro que Bolsonaro, apesar dos inúmeros crimes cometidos, ainda é funcional a estes setores e por isso não é aberto nenhum dos mais de 100 pedidos de impeachment. Algo que só poderá ser revertido com a luta de rua, com mobilizações de massa que expressem o desconforto e a indignação social. Não podemos deixar que o medo tome conta de nossas vidas, são nas ruas onde a palavra tem maior peso e onde se faz a história.
A convocação de Bolsonaro para se manifestar na Paulista no dia 7 é uma provocação criminosa, que junto com setores da PM, caminhoneiros e sua base fanática quer demonstrar que ainda tem fôlego para ir a uma situação de mais violência e ataques contra os trabalhadores e oprimidos. Não podemos, em hipótese alguma, permitir que isto aconteça, por isso o chamado a todas as centrais sindicais, partidos políticos, lideranças e figuras públicas, forças contra reacionárias, movimentos sociais e organizações civis é de extrema importância para demonstrar a força do descontentamento popular, impedindo de uma vez por todas que o golpismo dê qualquer passo adiante. Inundaremos o Anhangabaú!
Este 7 de setembro pode ser um divisor de águas. Nós da juventude Já Basta e corrente Socialismo ou Barbárie – Tendência do PSOL estamos chamando todos e todas a participarem do grito dos excluídos, no Vale do Anhangabaú às 14h junto com as organizações de esquerda, centrais, movimentos sociais e povo originário para enfrentar o governo corrupto e reacionário de Bolsonaro e sua política golpista. Nenhum passo atrás!
Derrotar o golpismo pelas ruas!
Fora Bolsonaro e Mourão!
Eleições gerais já!