Não às prisões políticas ordenadas por Tarcísio de Freitas!
É necessário lutar contra a prisão política ordenada pelo governador bolsonarista do estado de São Paulo. Ação que do ponto de vista econômico está a serviço dos interesses do latifúndio e do ponto de vista político de todos reacionários que são inimigos da mobilização dos explorados e oprimidos.
ANTONIO SOLER
Uma operação ilegal da polícia paulista no sábado passado, 4/3, resultou na prisão ilegal de José Rainha e Luciano Lima. Prisão que foi mantida depois da Audiência de Custódia realizada no domingo. Os dois dirigentes fazem parte da Frente Nacional de Lutas (FNL), organização de trabalhadores sem terra fundada por José Rainha após ruptura com o MST e que tem a sua atuação no Pontal do Paranapanema (São Paulo).
Segundo o secretário de Segurança Pública de São Paulo, o Capitão da Polícia Militar Guilherme Derrite, os dirigentes foram presos pela acusação de extorsão a fazendeiros, porém, essa é uma prisão arbitrária, pois o legal é que os dois tivessem o direito de responder a acusação em liberdade. A FNL afirma que a prisão dos militantes é uma retaliação devido ao “Carnaval Vermelho”, campanha que ocorre desde 2014 e que luta pela reforma agrária e por outras pautas e que desde o dia 18/2 resultou em várias ocupações na região.
A responsabilidade política por essas prisões ilegais é do governador bolsonarista do Estado de São Paulo, Tarcisio de Freitas. Esse, para cumprir a sua missão reacionária à frente do governo do estado, colocou à frente da segurança pública uma figura execrável. Derrite é um policial militar que foi condenado pela morte em 2020 de um encanador em Osasco (São Paulo) que é abertamente apologista do extermínio policial, em um áudio gravado em 2015 afirmou que é vergonhoso para um policial não ter ao menos três homicídios no currículo.
Da mesma forma que ocorre com outros setores da classe trabalhadora e dos oprimidos, os trabalhadores sem terra, depois da vitória eleitoral sobre o neofascista mor, Jair Bolsonaro, estão mais fortalecidos para levarem as suas lutas à frente. Como a nossa vitória contra o neofascismo ocorreu de forma indireta – pela via das eleições – é fundamental para acabar de mudar a correlação de forças e impor a derrota do bolsonarismo nas ruas.
Repudiamos a prisão arbitrária de Rainha e de Lima e as denunciamos como uma ação antidemocrática a serviço dos latifundiários para criminalizar e tentar inviabilizar a luta em um momento em que todo o movimento social está retomando suas mobilizações. Ao mesmo tempo, temos que exigir do governo Lula, do MST, da CUT e de todos os que se colocam como defensores dos direitos democráticos que se declarem pela imediata soltura dos presos políticos do governo do Estado de São Paulo e em defesa de uma reforma agrária radical e a partir da organização de base dos sem-terra.
Tarcísio é responsável pelas prisões políticas!
Liberdade para José Rainha e Luciano Lima!
Lutar não é crime!
Reforma agrária radical já!
Extradição e prisão de Bolsonaro e todos os golpistas!