Na tarde desta quinta-feira, 21/11, começou a circular a notícia do assassinato de Josemar da Silva Conde. Josemar era presidente do PSOL em Xapuri (AC) e havia
sido candidato a vice-prefeito da cidade nas eleições de 2016.
A informação dada por Jamyr Rosas, presidente estadual do PSOL no Acre, segundo testemunhas, é de que o crime teria sido motivado pela disputa de terras em um seringal da cidade.
Mas, por ora, não se pode descartar outras motivações, visto que Xapuri é conhecida pela sua história de heroísmo do movimento dos seringueiros e, também, pela violência do latifúndio e pelo assassinato de Chico Mendes, morto covardemente em 1988 a mando de latifundiários da região.
Esse é mais um assassinato contra um dirigente do PSOL e não podemos “esperar mais 600 [dias] para saber porque um dos nossos tombou e qual a natureza do crime”, como disse por Twitter Juliano Medeiros, presidente nacional do PSOL.
A violência política, em suas várias expressões, desde a eleição de Bolsonaro só tem aumentado. O assassinato político contra Marielle Franco (vereadora pelo PSOL no Rio de Janeiro) e Anderson Gomes (Motorista) cometido em 14 de março de 2018, bem como uma série de outros contra representantes dos trabalhadores e oprimidos, ainda não teve mandantes presos e condenados.
Não podemos tolerar mais nenhuma impunidade contra assassinatos de lutadores sociais e militantes de esquerda, no campo ou na cidade. É necessário organizar de forma unificada entre todos os setores comprometidos com os direitos democráticos no Acre uma campanha para exigir das autoridades que esse crime seja investigado de maneira célere e que os responsáveis sejam punidos.