As convocações foram mais maciças do que qualquer comício de campanha eleitoral. A farsa da tentativa de golpe ao estilo tomada do Capitólio gerou uma rejeição maciça que desencadeou a mobilização popular.
Após a tentativa fracassada de tomar de assalto os edifícios dos três poderes, os bolonaristas que continuaram a se mobilizar estão sofrendo um forte retrocesso em todo o Brasil.
As hordas fascistóides que invadiram ontem a Praça dos Três Poderes exigiram abertamente um golpe de Estado. O bolonarismo gostaria de poder burlar os resultados das eleições de outubro passado, nas quais a rejeição do governo de extrema direita triunfou por mais de 6 milhões de votos.
As responsabilidades das autoridades estatais ligadas ao governo já foram esclarecidas. Os manifestantes em todo o país exigem uma punição clara e exemplar que ponha um fim a este tipo de tentativas. Um dos slogans mais cantados foi “Sem anistia!”, mas a exigência de que Bolsonaro fosse para a prisão também gerou uma simpatia maciça. Ninguém ignora sua responsabilidade pelos acontecimentos, seu desejo de um golpe que não se concretizou por falta de força para fazê-lo.
Na mobilização em São Paulo, a corrente Socialismo ou Barbarismo e a Juventude Já Basta! levou os slogans “unidade de ação para derrotar o neofascismo” e “prisão de Bolsonaro e todos os golpistas”.
Embora as mobilizações e a rejeição do golpe tenham sido esmagadoras, o lulismo continua a tentar garantir que nada saia dos canais institucionais. Esta política é perigosa, pois o bolsonarismo é uma força dentro do Estado, mas também se mostra uma força nas ruas, capaz de ações como o movimento golpista de domingo 8 de janeiro. As mobilizações foram assim um sucesso, apesar da relutância do PT e das organizações de massas, que o lulismo dirige, como a CUT, a convocar manifestações de massa e derrotar o neofascismo nas ruas.