A pequena Ágatha Félix, menina negra de apenas 8 anos, que foi assassinada nessa sexta-feira (20) durante uma operação da Polícia Militar (PM) do Estado do Rio de Janeiro, será sepultada hoje por voltas das 16h.
Rosi Santos
O assassinato ocorreu no Complexo do Alemão, zona norte da cidade do Rio de Janeiro, a criança foi atingida nas costas por um disparo de fuzil, dentro de uma Kombi voltando para a casa junto com a mãe. Ágatha chegou a ser socorrida, mas não resistiu.
Segundo testemunhas, o disparo veio de um policial militar da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) da comunidade, que “tentou acertar” um motociclista que passava próximo, e que não havia atendido a uma ordem para parar.
Somente depois de muita comoção o IML (Instituto Médico-Legal) por volta das 21h30 liberou o corpo de Ágatha.
A revolta é imensa, moradores e familiares da vítima, realizaram manifestações exigindo justiça e pelo fim das operações assassinas orquestrada pelo governador do estado do Rio de Janeiro Wilson Witzel (PSC), defensor do armamento e da política genocida de atirar primeiro e perguntar depois, no estado do Rio.
Ações tão criminosas como essa só são possíveis devido ao crescente discurso de intolerância policial e racismo que acometem o país a partir da onda reacionário desde 2015 e da eleição de Jair Bolsonaro (PSL).
O caso de Ágatha desnuda a situação criminosa, o racismo estrutural da sociedade brasileira e desrespeito total aos direitos humanos e ao próprio estado democrático de direito.
A sociedade e movimentos sociais necessitam reagir a essa situação. Nesse sentido, é fundamental se mobilizar imediatamente.
Atos estão sendo chamadas em algumas cidades do Brasil, em São Paulo já tem data e horário. Será nessa sexta-feira, 27 de setembro as 18:00 no vão do MASP na Avenida Paulista.
Justiça por Ágatha Félix!
Prisão de todos os culpados!
Fora Witzel e seu governo genocida!