A crise se arrasta
Vermelhas, desde a redação
Na tentativa de acalmar os ânimos, Jair Bolsonaro fez um pronunciamento a toda a nação em TV e rádio. No entanto, a fala do presidente foi recebida com buzinaços e panelaços. Os protesto durante o pronunciamento do governo ocorreram em inúmeras cidades, sendo mais forte em diversos bairros centrais do Rio de Janeiro, Recife, São Paulo e Distrito Federal.
O clima de indignação generalizada, dessa vez pela esquerda, assemelha-se em sua aparência ao que ocorreu entre 2015 e 2016 contra Dilma Roussef. Agora, Bolsonaro passou a ser alvo de mesmo setor que levou ao impeachment da ex-presidenta Dilma.
Manifestantes foram às ruas contra política ambiental do governo e queimadas na Amazônia
Mais de 60 cidades, no Brasil e no mundo, mobilizaram-se nesta sexta-feira (23) contra a destruição deliberada da Amazônia. Em São Paulo, manifestantes se concentraram por volta das 18h em frente ao MASP (SP), e antes das 19h já haviam fechado o sentido Consolação da Avenida.
Houve gritos de “Fora Bolsonaro” e contra o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles. Diversos cartazes diziam “chega de lucrar com a destruição” e outros com a pergunta: o governo pretende “vender a Amazônia?”.
Em pouco tempo, os dois sentidos da avenida foram totalmente bloqueados pelos manifestantes, perto das 20h saíram em passeata e interditaram toda a Rua Augusta no sentido Jardins. Os manifestantes encerraram o ato convocando novo protesto para 5 de setembro no mesmo local.
Brasília
Na capital federal, o protesto reuniu cerca de 5 mil manifestantes, de acordo com dados oficiais. O ato começou em frente ao Ministério do Meio Ambiente. Durante a manifestação, houve projeção de frases contro a política do governo e de socorro à floresta.
Na principal via da Esplanada dos Ministérios chegaram a bloquear cinco das seis faixas. Com a previsão do impacto das manifestações, servidores públicos foram dispensados do trabalho por volta das 16h, muitos deles acabaram se somando ao protesto.
Rio de Janeiro
Muitos manifestantes com cartazes e fotos fizeram referência a Chico Mendes, liderança ambiental assassinada em 1988, entoaram o grito ‘Fora Salles’, ocuparam toda a escadaria do Palácio Pedro Ernesto, na Cinelândia, no Centro do Rio de Janeiro.
Entre diversos cânticos também foi presente os gritos de “Fora Bolsonaro”. O grupo saiu da Cinelândia e caminhou em direção ao BNDES, o trânsito em diversas vias chegou a ficar totalmente interrompido.
Diversos protestos ocorreram em embaixadas do Brasil no exterior
Capitais importantes da América Latina também se manifestaram