Reproduzimos este primeiro breve artigo do Comunistas Cuba sobre a eclosão de protestos estudantis em universidades cubanas. No país caribenho, já se fala que estes podem ser os maiores protestos juvenis desde a Revolução de 1959. O estopim para a greve universitária foi o aumento da tarifa de internet anunciado pelo governo Díaz-Canel.

O aumento de tarifas do governo cubano no setor de telecomunicações, especificamente no acesso à internet, provocou uma reação inesperada: estudantes universitários da Faculdade de Matemática da Universidade de Havana entraram em greve, exigindo a reversão do aumento de preços.

A classe trabalhadora cubana vem experimentando ajustes sucessivos desde que a Tarefa de Ordenação foi implementada em janeiro de 2021. Agora, a burocracia pró-capitalista acreditava que a classe trabalhadora suportaria outro ajuste. No entanto, eles não consideraram que os estudantes universitários que estão se levantando hoje são os mesmos que atingiram a maioridade no ano em que os protestos de 11 de julho eclodiram. Esses estudantes viram Cuba tomada por protestos ano após ano; eles viram dois milhões de cubanos emigrarem em apenas três anos; eles são a geração que cresceu sob um presidente extremamente impopular, sem legitimidade política, escolhido a dedo por Raúl Castro. Essa geração já está farta.

Esta ação arriscada exige solidariedade internacional. Em Cuba, a greve acadêmica atualmente em curso por estudantes universitários da Faculdade de Matemática da Universidade de Havana pode ser punível com anos de prisão. É provável que outras faculdades e universidades de outras províncias se juntem a essa greve universitária.

É necessário e urgente que as organizações estudantis da América Latina e do mundo se solidarizem com seus colegas cubanos em greve e exijam que a burocracia Díaz-Canel não imponha nenhuma sanção aos estudantes em greve ou aos professores que possam se juntar a eles.

Por Julio Antonio Mella!

Em greve!

Solidariedade com os estudantes cubanos e a classe trabalhadora!