REDAÇÃO JORNAL O DECOLONIAL
As universidades não conseguem gerir com qualidade suas políticas de assistência e permanência estudantil e estão sendo “coagidas” a aderirem às terceirizações, entregando o ensino e a gestão para empresas privadas, como é o caso na UFOP, das empresas Vale S.A e SEPAT.
Panfletagem no R.U da universidade.
A Adufop convocou toda comunidade acadêmica para uma ação de panfletagem, ontem no Restaurante Universitário do Campus Morro do Cruzeiro, para denunciar esses inúmeros ataques do atual governo Bolsonaro. Estudantes da UFOP em Mariana também estiveram presentes na manifestação.
O Jornal O Decolonial conversou com a estudante do curso de História da UFOP, Oliviana La Desa Vor , representante do Centro Acadêmico de História e do coletivo Socialismo ou Barbárie, Segundo a estudante :
“No período de sete anos, em que a gente tem um valor de investimento que cai mais de 50%, muitas estruturas das universidades não tem condição de permanecerem sólidas, cada vez mais a universidade vem sendo sucateada e vendida para empresas, para terceiros.”
A estudante ainda questionou a manutenção das moradias estudantis em Ouro Preto e Mariana, conhecida em Mariana como “as Moitas”. Segundo a estudante as republicas estão sucateadas, muitas delas com danos na parte elétrica e estrutural, os estudantes se virando para fazer vaquinhas e escolherem entre pagar conta de luz e água ou pagar o bandejão e o transporte público.
Hoje os portões do IFMG campus Ouro Preto amanheceram fechados , servidores que estão em GREVE fizeram um bloqueio na portaria do Instituto e pedem diálogo e negociação do governo federal com os trabalhadores e as entidades representativas da educação e do serviço público .Segundo comunicado do SINASEFE IFMG, a entidade propõe quatro pontos fundamentais para as negociações.
“Essa realidade nos impõe a necessidade da luta por direitos até aqui ameaçados, antes que outros tantos sejam extintos. Diante de um projeto de desmonte da rede federal de ensino não podemos ser flexíveis. Ou lutamos ou sucumbimos. Decidimos lutar. Por isso, o IFMG está em greve desde 16 de maio, reivindicando, legitimamente:
1. reajuste de 19,99%, correspondente ao acumulado da inflação dos últimos três anos;
2. fim da Emenda Constitucional 95, que impõe teto de gastos às demandas públicas;
3. fim dos cortes à rede federal, em níveis médio e universitário;
4. arquivamento da EC 32, da Reforma Administrativa, que liquida com os serviços públicos e instala, de vez, as condições para a sua privatização.”
Uma nova mobilização está marcada para 14 de junho em Brasília em Defesa da Educação, convocada por diversos sindicatos e entidade da educação.