Convidamos à todes para a reunião aberta da Juventude Anticapitalista Já Basta! que vai rolar na terça (30/04) às 17h30 na sala 109 da Letras (FFLCH-USP)!
Juventude Anticapitalista Já Basta!
Nos últimos dias, temos assistido e vivenciado a completa negligência da reitoria diante das moradias estudantis, uma postura criminosa da USP que levou muitos estudantes ingressantes a serem alojados debaixo das arquibancadas do CEPE em condições desumanas. Aliado a isso, vivenciamos também a mudança do horário do noturno, a superlotação dos circulares, o cancelamento dos trabalhos de campo e a negação dos auxílios PAPFE sem critérios claros.
Todos estes são ataques que impactam, sobretudo, o direito à educação da parcela negra e trabalhadora da nossa universidade. São ataques que se interligam como parte de uma ofensiva reacionária da reitoria de Carlotti, aliada do assassino Tarcísio e fiel defensora do projeto fundacional da USP como uma instituição para os filhos da elite de São Paulo. Dinheiro não falta já que a universidade conta com um caixa de mais de 6 bilhões. O plano da reitoria é ardiloso: negar a permanência estudantil e expulsar a juventude negra e trabalhadora que ingressou na USP a partir da histórica aprovação das cotas raciais pela luta do conjunta do movimento negro, estudantil e de trabalhadores.
Diante de ataques tão graves, qual resposta deve ser construída pelos estudantes? Para nós do Já Basta, é tarefa central do movimento estudantil romper com o imobilismo imposto pelo DCE (Correnteza/UP, Juntos/MES-PSOL, UJC/PCB-RR) que até agora não convocou uma assembleia geral sequer, organizar a luta para derrotar Carlotti e defender um programa de universidade verdadeiramente pública, laica, de qualidade e para as maiorias.
A partir da luta organizada e unificada, é preciso arrancar moradia estudantil digna no CRUSP para todes que precisarem, auxílios PAPFE de 1 salário mínimo paulista, a volta do horários das 19h30, volta do gatilho automático de docentes e funcionários, ampliação da frota dos circulares e a garantia dos trabalhos de campo!
De fronte às eleições do DCE Livre da USP, principal entidade representativa dos estudantes, convidamos ês estudantes a construírem com a gente um programa de universidade que esteja à serviço da luta e da disputa das conciências. Um programa de universidade que ponha abaixo o projeto racista e elitista da reitoria e construa em seu lugar uma USP sem vestibular e à serviço dos filhos da classe trabalhadora. Defendemos um programa que também dê conta da tarefa de refundar o movimento estudantil, rompendo com oportunismo eleitoreiro que aposta na contenção do movimento, representado pela atual gestão do DCE, e o sectarismo economicista que fragmenta as lutas. É preciso construir um movimento estudantil independente das burocracias, dos governos e que construa uma alternativa anticapitalista para as novas gerações!