Construir pela base uma massiva assembleia geral do Butantã para organizar a mobilização dos estudantes e colocar de pé um calendário unitário de luta nas ruas contra a extrema direita!

Por Juventude Já Basta!

As eleições municipais deixam claro que a direita e a extrema direita são os campos políticos vencedores. O Centrão reacionário e a extrema direita bolsonarista já garantiram a prefeitura de aproximadamente 72% dos municípios nacionais apenas no primeiro turno. E por quê? Pelo fracasso da conciliação de classes que retira a luta das ruas e dá continuidade à agenda da classe dominante de ataques aos trabalhadores.

Entre as 26 capitais brasileiras a direita obteve vitória em oito delas, o centro em uma (PSB) e a extrema direita em duas. Nas outras 15 que terão segundo turno a extrema direita disputa nove delas e a esquerda apenas cinco, todas na segunda posição. Em São Paulo, Nunes aparece em primeiro com 55% das intenções de votos e Boulos muito atrás com 33%, ou seja, sem luta direta a derrota é certa!

A vitória categórica do Centrão e o refortalecimento da extrema direita fazem do quadro político um novo arranjo perigoso, abrindo passagem para que a extrema direita se coloque com força máxima em 2026. Mais do que isso, a vitória da direita e da extrema direita, sem a resistência pelas ruas, já está favorecendo ataques imediatos: propostas para anistiar os golpistas de 8 de janeiro e reverter a ilegibilidade de Bolsonaro; transformar o Congresso no novo poder “moderador”; atacar os servidores federais; impor o fim das despesas vinculadas de saúde e educação e etc.

A cidade de São Paulo joga, nesse sentido, um papel chave para colocar um contrapeso à ofensiva da extrema direita e por isso a derrota de Ricardo Nunes é fundamental diante das circunstâncias. Precisamos assumir este desafio da maneira mais consequente possível, sem desassociar a política eleitoral da luta direta como insiste em fazer o PSOL e o PT.

É por isso que nós da Juventude Já Basta! temos a convicção que, para além do voto contra Nunes nesse segundo turno, apenas uma mobilização massiva pelas ruas é capaz de garantir a derrota da extrema direita no próximo dia 27/10! Derrotá-lo será central na luta contra os ataques aos trabalhadores e em defesa da nossa educação pública, uma vez que com Nunes e Tarcísio os projetos de privatização, inclusive da USP, terão força total para avançarem!

Devemos nos inspirar no #elenão e na jornada feminista de luta que derrotou parcialmente o PL do Estupro! A mobilização das mulheres e da juventude, sobretudo, demonstrou que são as ruas inundadas pela luta que podem alterar a correlação de forças com a extrema direita.

Sendo assim, é urgente romper com a inércia da esquerda da ordem, concretizando um verdadeiro tsunami estudantil e popular para encurralar a extrema direita e derrotar Nunes. É necessário construir um calendário unitário do movimento estudantil e exigir da UNE (centralmente), UBES, centrais sindicais ligadas ao lulismo como CUT e CTB, MST, MTST e demais movimentos sociais que organizem e mobilizem suas bases para colocar nossa luta nas ruas.

Em relação a CSP-Conlutas, central sindical e popular independente que construímos e que é dirigida pelo PSTU, deve-se convocar uma plenária aberta de caráter emergencial para combinar nossa mobilização unitária pelas bases e exigir enquanto central à burocracia sindical para que convoque e construa já um grande ato contra Ricardo Nunes e a extrema direita!

É por isso que o DCE deve construir pela base a próxima assembleia geral dos estudantes do Butantã para que possamos, em unidade, ir às ruas, convocando as demais entidades estudantis e de trabalhadores docentes e não docentes, centrais sindicais e movimentos sociais para que organizem suas bases para um verdadeiro tsunami estudantil e popular que derrote Nunes, Tarcísio e Bolsonaro!

Para derrotar a extrema direita em São Paulo: Tomar as ruas já! Nenhum voto em Nunes e nenhuma confiança na conciliação de classes!

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