Educadores do Mato Grosso na luta contra a “Reforma” da Previdência

Por Suellen Cerqueira A. Souza, Paranatiga – MT

Diante do atual cenário nacional, vivemos a crueldade e desumanidade dos ataques neoliberais e do avanço de uma pauta regressiva de ataque no campo das liberdades democráticas que tenta solapar direitos sociais, a categoria de educadores de Mato Grosso se reveste de coragem e vai para o enfrentamento contra os ataques da Reforma da Previdência propostos pelo Presidente Jair Messias Bolsonaro.

A categoria, em sua maioria formada por mulheres, organiza-se por diversas vias: coletivos, associações e na maioria pelo  SINTEP-MT (Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso), filiado a Confederação Nacional dos Trabalhadores (CNTE) e a Central Única dos Trabalhadores (CUT), que  representa todos os profissionais da educação básica pública em âmbitos estadual e municipal e compõe um dos maiores sindicatos de Mato Grosso, organizado em 98 municípios do Estado com 15 mil filiados.

Na última semana, marcada pelos atos e manifestações do Dia Internacional da Mulher em todo o estado, trabalhadores e trabalhadoras da Educação se reuniram em Conselhos Diretivos nos polos sindicais para redefinir o calendário de lutas e mobilizações para o ano de 2019.

Cientes da necessidade de mobilização e ações pontuais contra os ataques tanto do Governo Federal quanto do Governo Estadual, o calendário de luta para este ano assume postura de resistência mediante o desmonte do Estado Nacional patrocinada pelo governo de Bolsonaro que, iniciado por Temer, busca reduzir os direitos da classe trabalhadora;

Também se posiciona contra o “Pacote de Maldades” de Mauro Mendes, governador eleito no Estado, que culpabiliza o servidor público pela “quebra” nas contas do Estado. Cortina de fumaça criada para culpar os servidores, enquanto mantém os “privilégios fiscais” para os grandes produtores rurais.

Nos conselhos diretivos realizados neste último fim de semana (09/03 e 10/03), foram abordados os impactos da Reforma da Previdência na classe trabalhadora, em especial nos direitos conquistados pelas mulheres para a aposentadoria, já que a Reforma de Bolsonaro amplia de cinco (55 para 60 anos) a dez anos a mais de trabalho, no caso de ser docente do serviço público estadual (50 anos passando a 60). 

Contudo, a palavra de ordem foi Resistência da classe trabalhadora da Educação em Mao Grosso, iniciando pela chamada da Greve Geral no dia 15 de março, unificado com o calendário dos Movimentos Sociais de trabalhadores pelo Brasil, parafraseando Paulo Freire: Se há algo a perder, que seja o medo!

Ficou decidido também que as ações programadas pelos diretórios regionais irão envolver pais, alunos e toda a comunidade escolar (desde panfletagem realizada pelos alunos e organização de reunião com pais para), e terão como princípio um trabalho de propaganda, mostrando a crueldade da Reforma e a perda de direitos historicamente conquistados pela classe trabalhadora.