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segunda-feira, 19 de maio de 2025

Marx, no mês do seu Bicentenário (II)

Continuamos com essas breves anotações no mês do bicentenário de Karl Marx. Haviamos nos apoiado em "as cinco dificuldades para descobrir a verdade", uma pequena obra de Bertold Brecht para destacar os aspectos nodais do revolucionário alemão (ver SoB 466). Nos restavam três delas. Vamos à primeira:

Marx, no mês de seu Bicentenário

No dia 5 de maio se cumprirão 200 anos de nascimento em Trier (cidade de uma Alemanha que ainda não estava unificada) de Karl Marx. O mundo acadêmico está lembrando-o em uma versão light de seu legado "derretendo sua margem revolucionária", como Lênin soube dizer. Na Argentina, como ressalta Fernando Dantés na nota sobre "Marx nasce" (1), Horacio Tarcus é um porta-estandarte (não o único) dessa posição. A máxima expressão disso, tanto quanto sabemos, foi dada pelo governo ultraconservador da Alemanha, que emitiu notas comemorativas, como lembrança, com sua imagem, que custou 3 euros e esgotou sua primeira edição, e uma segundo já está em preparação.

A árdua tarefa da defesa crítica do bolchevismo

Não se trata de uma apropriação doutrinária da experiência revolucionária, há um problema de tempo, companheiros: a temporalidade da Revolução Russa foi impressionante. Em oito meses da Revolução Russa, que foi a revolução que se radicalizou mais rápido na história da experiência humana, o conjunto de experiências que se radicalizaram foi impressionante.

O Marxismo e a Insurreição

​Entre as mais maldosas e talvez mais divulgadas deturpações do marxismo pelos partidos «socialistas» dominantes encontra-se a mentira oportunista de que a preparação da insurreição, e em geral o tratamento da insurreição como uma arte, é «blanquismo».

Como se formam os revolucionários

Como se formam os revolucionários LEÓN TROTSKY, 11 de Julio, 1929 Queremos apresentar a nossos leitores um texto do grande revolucionário russo, que consideramos sumamente instru...

Sobre a natureza das revoluções do pós-guerra

Não se trata de um exercício acadêmico ou de polêmica entre seitas por disputa de prestígio ou coisa que o valha. Pois, da mesma forma que para Marx a Comuna de Paris foi fundamental para a obtenção de lições sobre as tarefas da revolução socialista, ou para Lênin, a experiência da luta sindical e política na Rússia na formulação do papel do partido, e, enfim, no caso de Trotsky, a ideia do desenvolvimento desigual e combinado para a formulação da teoria da revolução permanente e do programa de transição, neste momento, passar a limpo as revoluções do século XX é decisivo para estabelecer bases político-teóricas sólidas para o grande projeto histórico do relançamento da luta pelo socialismo no século XXI.

Marxismo, anarquismo e transição

Marxismo, anarquismo e transição ao sociaismo   ROBERTO SAENZ   O retorno de um debate   “Não digam que o movimento social exclui o movimento político. Jamais hav...

Ciência e Arte da Política Revolucionária

“O político em ação é um criador, um suscitador, porém não cria do nada nem se move no vazio turvo de seus desejos. Funde-se com a realidade efetiva, porém o que é esta realidade efetiva? É talvez algo estático ou imóvel? Ou é, mais corretamente, uma correlação de forças em contínuo movimento, em contínuo equilíbrio dinâmico? ” (Gramsci)

Assembleia Constituinte imposta pela luta

Enfim, defendemos essa proposta pela sua capacidade de articular demandas democráticas não resolvidas, como é o caso da: reforma agrária, do direito ao aborto, da legalização das drogas, da luta contra o racismo, do casamento igualitário, da universalização da educação pública em todos os níveis, do transporte público gratuito. As lutas salariais e em defesa do emprego, por direitos contraceptivos e a onda de ocupação secundarista contra o fechamento das escolas e em defesa da educação encontram na bandeira de Assembleia Constituinte Democrática e Soberana imposta pela mobilização uma saída política independente com poder de unificar e fortalecer os movimentos que têm dado batalhas isoladas até agora.