Juventude Socialismo ou Barbárie
O 57º da UNE, marcado entre os dias 3 e 7 de julho deste ano, será realizado dentro da conjuntura mais desafiadora desde o fim da ditadura militar. Desde então não enfrentamos uma situação tão difícil como essa, que coloca tantos desafios políticos à juventude e à classe trabalhadora. Isto é, estamos diante de uma encruzilhada histórica sob o governo ultrarreacionário com intenções bonapartistas de Bolsonaro que nos colocam grandes desafios, riscos e possibilidades.
Temos pela frente a necessidade da juventude em unidade com a classe trabalhadora e todos os oprimidos de construir de forma ativa uma ampla mobilização capaz de colocar abaixo o projeto de desmonte das universidades públicas nacionais, assim como a reforma da Previdência e toda a movimentação politica que faz o governo Bolsonaro para impor um regime político que suspenda direitos democráticos fundamentais.
Por isso, afirmamos que os desafios são de natureza histórica, que requerem da nossa parte, por um lado, um profundo debate político e, por outra, dar uma resposta imediata ao verdadeiro cerco tático que representa a reforma da Previdência. Essa, na atual conjuntura é a batalha das batalhas, a qual temos que construir incansavelmente pela base.
Para as eleições na USP do congresso da UNE, nós da Juventude Socialismo ou Barbárie – tendência do PSOL não iremos sair com chapa e nem nos somar a outra do bloco da oposição de esquerda por desacordo em questões políticas e programáticas, porém isso não nos impede de declararmos apoio a chapa UNE Sem Medo.
Acreditamos que a fragmentação entre as organizações do PSOL, isto é, não ter sido formado uma ampla chapa entre essas forças, apenas fortalece o campo da burocracia lulopetista. Lamentamos muito e acreditamos que é um erro grave, no que se diz respeito à disputa da consciência política no movimento estudantil, não ter sido feito um acordo entre as demais forças da esquerda para uma chapa única e o MES (Juntos) ter optado por uma aliança com o campo do stalinismo em detrimento do campo psolista.
Desde que começamos a construir o Conune, reivindicamos sempre a unidade das forças do PSOL na USP para construir uma oposição ampla e que se coloque como alternativa socialista concreta à burocracia. Este nosso apoio crítico se justifica por diferenças de leitura e tarefas para a atual conjuntura e pela ausência total de exigências e denúncias ao lulopetismo e sua burocracia no movimento nacional dos trabalhadores e da juventude. Mas acreditamos que a UNE Sem Medo contempla uma importante articulação entre o setor juvenil estudantil e a classe trabalhadora, onde constroem a frente Povo Sem Medo e apresentam propostas programáticas com as quais temos acordo.
Declarado o apoio crítico à UNE Sem Medo, reiteramos que é necessário reverter essa situação de fragmentação para disputar o Conune com um programa construído pela base e ampla unidade do campo socialista; que denuncie o papel que cumpre historicamente e exija da burocracia que organize de fato suas entidades estudantis, movimentos e sindicatos a serviço da luta contra o governo Bolsonaro.
Fora Bolsonaro e Mourão!
Eleições gerais já!
Por uma UNE verdadeiramente democrática e combativa!
Muito bom texto camaradas