“A Manada”: Supremo Tribunal da Espanha agrava pena por estupro coletivo

O Supremo Tribunal espanhol elevou para 15 anos de prisão a pena do grupo “La Manada” pelo estupro coletivo de uma jovem de 18 anos, em 2016, na cidade de Pamplona na Espanha.

Por ROSI SANTOS

O tribunal de Navarra havia condenado os cinco membros do grupo de estupradores, conhecido como “La Manada”, a nove anos de prisão por delito de abuso sexual. Mas, nesta sexta-feira, os magistrados do Supremo revogaram a decisão e elevaram para 15 anos a pena a José Ángel Prenda, Antonio Manuel Guerrero, Jesús Escudero, Ángel Pozas e Alfonso Jesús Cabezuelo.

Na época da condenação de 9 anos houve muita pressão do movimento feminista e dos Direitos Humanos sobre a branda condenação e a tipificação do crime. O caso de “A Manada” foi um caso que repercutiu o mundo, foi um estupro coletivo e não um “abuso sexual” apenas, foi um crime sexual grave e de lesa humanidade.

A mudança na tipificação do crime e sua sentença são positivas no sentido que dá nome e sobrenome ao crime que de fato ocorreu em 2016. Mas isso somente foi possível devido à insistência do movimento feminista com milhares de mulheres nas ruas em Espanha e outros países por justiça.

Graças à força dessa luta foi possível que a sociedade espanhola e seu tribunal refletissem e atuassem contra a violência sexual, abrindo um precedente importante para novos avanços na defesa dos direitos das mulheres.