Por Martín Camacho
Não se tem outras palavras para explicar tamanha inoperância de todo um sistema que é dirigido pelo governo contra da população, se não pela via de um genocídio totalmente pré-determinado. Não tem a mínima lógica falar e fazer o que o Bolsonarismo está fazendo no Brasil que não seja a do genocídio.
Partimos de uma compreensão de que o governo é apoiado direta e indiretamente por muitos outros partidos, alguns hoje se distanciaram, mas, foram cúmplices e são parte de um jogo macabro de seguir em uma dinâmica perversa. Rolando a CPI da covid, que todos os dias sai uma notícia diferente de corrupção ligando exclusivamente Bolsonaro e seu entorno, hoje outra notícia choca a opinião publica que é a aplicação de vacinas que já estavam caducadas.
Em torno de 26 mil doses de vacinas da AstraZeneca foram aplicadas fora da data de validade em mais de 1500 municípios de todo o Brasil O governo joga constantemente com a vida das pessoas. Em primeira instância se negou a comprar imunizantes, caso comprovado pela CPI, logo entra em atos de corrupção ao comprar superfaturando tal imunizante e, agora, em evidência total deixa estragar as doses que a população está precisando para conter a doença.
O responsável principal é o ministério da saúde, que nunca se colocou em campanha alguma para conter a pandemia. Tudo desde um princípio foi contra a saúde da população. Desde a falta de equipamentos básicos nos hospitais, falta de oxigênio, falta de médicos ou desinstalação de hospitais de campanha, até o cúmulo de aplicar vacinas estragadas sabendo e tendo consciência que isso estava sendo feito extraoficialmente.
Casualmente na cidade que mais foram aplicadas as doses já caducadas é a cidade do Ricardo Barros (PP) líder do governo na Câmara de Deputados. Mas essas vacinas também foram para outras partes do Brasil, como São Paulo o Belém. Além deste fato tornado publico, ainda tem 114 mil vacinas fora do prazo, e, por agora, o caos é tamanho que poucos sabem destas vacinas.
A vacina AstraZeneca foi a mais aplicada no país até agora, com 57%. Mas que por agora só 16% da população tomou a segunda dose, muito longe do que se espera para controlar a pandemia que é 70%. Somado que os números de mortos por dia ainda continuam muito altos, na faixa de 2 mil, e tendo como cenário uma crise de saúde que não é controlada e uma economia cada vez mais em decadência.
Tudo isso nos leva novamente a colocar o governo de Bolsonaro como principal culpado pelo desastre que o Brasil está vivendo. Temos que sair urgentemente às ruas para frear o intento de genocídio que Bolsonaro quer fazer com a população trabalhadora. Toda vez que o presidente fala em público sem máscara, incentivando as aglomerações que desautoriza outras políticas de prevenção, está colocando a vida das pessoas na mira do vírus.
Por isso, amanhã, dia 3 de julho, temos que estar todos nas ruas para derrubar toda a cúpula do poder político, chamar novas eleições gerais e organizar uma assembleia popular que possa dar um novo encaminhamento ao país.