Retomando as mobilizações nas ruas e brecando as entregas em vários pontos dos grandes centros urbanos, os entregadores e entregadoras se mobilizam para o 2º Breque dos Apps. A organização a partir de cada bolsão é fundamental para mais um dia de luta vitorioso que coloca a necessidade de parar a circulação de mercadorias, para que as empresas de aplicativos sejam diretamente impactadas.
Além disso os trabalhadores organizados chamam pelo fundamental apoio dos usuários, que nesse dia não façam pedidos e façam as piores avaliações dessas empresas que mantém seus lucros graças a superexploração do trabalho, com taxas de entrega cada dia piores, condições de trabalho que partem da falta de EPIs, seguro de vida, saúde e uma série de bloqueios absurdos que deixam muitos entregadores sem poder trabalhar.
As mobilizações que vêm acontecendo internacionalmente e escancaram a superexploração do trabalho, a precariedade e o fantasma do desemprego em massa, que são características de um capitalismo extremamente agressivo e que aprofunda a desigualdade entre as classes, e que se coloca especialmente de maneira aprofundada para a juventude, escancara sua face aos jovens trabalhadores que partem de condições precárias e sem direitos, colocando assim um horizonte sem qualquer perspectiva de uma vida digna.
Apostamos na auto-organização desse setor que se mostra progressivo nas reivindicações por melhores condições, combinada com a luta política, diante da ilusão do “empreendedorismo” colocada pelos capitalistas que glorificam a liberdade que eles tem em explorar trabalhadores usando novos meios tecnológicos e um vocabulário renovado, mas que se apóiam em métodos de exploração que pareciam haver sido superados no século passado.
Novos coletivos vêm se forjando nas lutas diretas, na organização a partir das ruas, colocando a necessidade de superação da política de cúpulas onde os gabinetes e as negociações coletivas definem as ações sem uma ampla construção pela base. Nesse sentido é preciso reconhecer que a rejeição aos organismos convencionais de organização/representação da classe é explicado pelo papel de sindicatos e centrais sindicais na conciliação com os interesses patronais e ao acúmulo de derrotas levado a cabo por essa política.
Nós da Juventude Já Basta nos somamos à luta dos entregadores, estamos cotidianamente com esta categoria nas ruas e apostamos que essa guerra é fundamental na luta contra a política neoliberal de austeridade, maquiada pelo criminoso discurso da meritocracia e de uma autonomia no trabalho que jamais existiu! Faz-se extremamente necessário que centrais de luta como a CSP Conlutas, movimentos sociais e lideranças políticas da esquerda socialista construam essa luta, se somem nas ruas com os e as entregadoras, mas claro reivindicando o protagonismo político da categoria.
A guerra continua!
DIa 25/07 é o breque dos apps!
Pela rua nos exploram, pela rua venceremos!