Por ZK Rodrigues
Ainda aproveitando o ensejo do mês de aniversário de Malcolm X, mais uma vez o citamos no Esquerda Web quando diz “O capitalismo costumava ser como uma águia, mas agora se parece mais com um urubu, sugando o sangue dos povos. Não é possível haver capitalismo sem racismo”, mesmo diante de uma pandemia mundial essa ligação de sangue se faz presente no dia a dia do povo negro em 3 eixos específicos, violência policial, falta de acesso dos povo negro ao sistema de saúde e saneamento básico, e violência contra mulher que só cresce durante esse cenário de caos.
Todos esses 3 eixos têm sua importância e merecem ser tratados com muito cuidado e seriedade, nesse texto focaremos na violência policial.
No Brasil já é comum a morte de jovens negros pela mão da polícia, o caso mais recente foi do jovem de 14 anos João Pedro que foi assassinado pelo estado dentro de sua casa, tendo como crime ser um adolescente negro. Nos EUA, vimos agora o assassinato de Floyd, o que gerou uma onda de revolta no país e é desse ponto que queremos partir.
A pandemia não é democrática, o CEP da morte já está definido e o povo oprimido fica apenas aguardando sua visita. Não se faz mais tempo para esperar, precisamos nos rebelar, botar a cara na rua e lutar contra os nossos algozes, que sempre estão prontos para atacar, a necropolítica avança e nosso sangue fica pelas ruas, precisamos fazer essa faísca pegar e começar a incendiar os que querem nos matar.
É necessário a unidade do movimento negro já pela construção de uma atividade frente aos ataques das forças armadas do estado precisamos dizer NÃO ao assassinato da nossa juventude negra. E que os movimentos sociais e a esquerda façam parte da luta da população negra.
Esse texto cai mais como um desabado de um jovem negro cansado de ver o seus partirem e ter que se conformar. Se a pandemia não nos matar, morreremos pela mão do estado que jamais poupa esforços para nos disseminar. Para eles isolamento, pra gente sangue. Tomemos as ruas para lembrar Vidas Negras Importam e não vamos nos calar diante de nossos caixões.