19F: Dia de Luta contra a “reforma da previdência”

A juventude terá papel fundamental para derrotar Temer

LUBA MATHIAS

Mais uma vez teremos a classe trabalhadora e a juventude unida em uma pressão contra a reforma da previdência. Para o dia 19 de fevereiro foi convocado um dia nacional de lutas, entre sindicais (CUT, Força, UGT, Conlutas e Intersindical), vários setores da classe trabalhadora e movimento estudantil.

Após duas votações com resultados contrários a aprovação que tende a retirar mais um direito dos trabalhadores, o governo busca fortalecer sua base aliada para que dessa vez seja aprovada.  Nessa tentativa o governo se utiliza de manobras estratégicas, estão receosos de que possivelmente não seja aprovada se votada em fevereiro, o que demonstra uma clara conquista da pressão popular. Por isso até se cogitou o adiamento da votação para novembro, caso não se tenha os votos necessários para aprovação. Porém na ultima quinta-feira (15), Rodrigo Maia pautou a Reforma da previdência para a semana do dia 19 ao dia 23.

Sendo uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC), são necessários um total de 308 votos dos 513 deputados para que seja aprovado. O que parece é que o governo não possui os votos necessários, mas mesmo assim pagará para ver.

Já sabemos a forma que o governo se utiliza para aprovação de seus ataques aos trabalhadores.  Para aprovação da Reforma Trabalhista, por exemplo, o governo ilegítimo de Temer liberou bilhões em verbas, em outro nome, comprou votos.

É imprescindível uma mobilização forte nas ruas de todo o país, uma pressão que grite em voz alta e demonstre uma organização e força das massas. Uma contrarreforma desse tipo não pode ser aprovada de nenhuma forma, nesse governo ilegítimo já foram aprovadas a PEC de congelamento de gastos público por vinte anos, além da própria reforma trabalhista.

É necessário que os movimentos nas ruas não sejam barrados por burocracias. Para esse dia 19, já devia ter sido chamado uma Greve Geral, ao invés de um dia de lutas. Por isso a necessidade de uma frente de esquerda forte, que traga uma alternativa real de esquerda para o momento que está por vir. Para que através das mobilizações se construa uma Greve Geral de fato

O movimento estudantil da USP deve estar presente com toda força

Para o dia 19, em São Paulo, os estudantes da USP devem se fazer presentes, com uma frente apoiando e agregando aos trabalhadores. Mesmo porquê todos serão prejudicados na reforma que está por vir, trabalharemos até morrer. Mais que isso, os uspianos devem estar preparados para estar dentro da frente de esquerda, se propondo a construir essa alternativa orgânica e construir a base com um programa comum com a classe trabalhadora para as lutas no próximo período.