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A vigência do “Que fazer?” em nossa época
Partindo desta perspectiva, focalizada sobretudo em Lênin, Sáenz começa seu texto visando demonstrar certos “equívocos” presentes na abordagem de alguns autores que buscaram discutir a obra de Lênin (como Anton Pannekoek, Karl Korsch, ou mais atualmente, Mike Rooke). Tais abordagens, segundo Sáenz, fazem uma leitura “superficial, mecânica e antidialética” da obra de Lênin, sobretudo, porque tal leitura não se dá segundo um critério rigoroso de abordagem, pautado por uma visão dinâmica da obra do autor, observando-a de conjunto, a partir do próprio processo de transformação militante do autor (tanto prático quanto teórico, em sua correspondência dialética). Nesse sentido, indo de encontro à perspectiva “equivocada” desses autores, Sáenz se baseia em dois textos do próprio Lênin, o primeiro, Materialismo e Empiriocriticismo, livro ainda influenciado, segundo o autor, pelas tendências filosóficas da II Internacional e, o segundo, Cadernos Filosóficos, livro posterior e mais maduro, sobretudo devido à leitura que Lênin faz da Lógica de Hegel,entre outros escritos.