Renato Assad
Todos e todas às ruas nesse próximo dia 13
As manifestações contra o governo genocida de Bolsonaro vêm ganhando peso e acúmulo político desde o último dia 13 de maio, dia marcado pela mobilização contra o genocídio do povo preto e periférico com a chacina da favela do Jacarezinho. De lá para cá, a luta pelo Fora Bolsonaro e Mourão, por vacina e auxílio emergencial no valor de um salário-mínimo tem colocado uma dinâmica que será decisiva na luta contra este governo corrupto e genocida.
As ruas no Brasil e em outras cidades no mundo se tornaram palco de uma crescente mobilização neste processo de luta que pode se fazer histórico com a queda de Bolsonaro e comprovam que as condições para seguir lutando e derrubar ainda este ano o governo são mais favoráveis do que nunca.
Porém, com o apoio do centrão as contrarreformas de Bolsonaro e dos capitalistas seguem avançando. Nesta semana, após aprovação de privatização da Eletrobras no Senado que custará R$ 84 bilhões ao consumidor, o Ministério da Economia encaminhou para a Câmara dos Deputados o projeto de lei criminoso de privatização dos Correios, uma empresa superavitária de mais de 350 anos de prestação de serviços.
O governo pretende leiloar de uma vez só 100% da empresa, um ataque a soberania nacional que irá gerar um aumento significativo no desemprego e um encarecimento dos serviços prestados, e quem pagará essa conta seremos nós, trabalhadores e trabalhadoras.
Crise e miséria para os trabalhadores e lucros bilionários para os super ricos
Hoje no mundo a cada 3 pessoas que morrem por Covid-19, uma delas é brasileira. São mais de 520 mil vidas perdidas no Brasil que mereciam seguir vivendo e o número de vítimas segue crescendo a cada dia com a falta de vacinação em massa por conta desse governo genocida e corrupto que não comprou vacinas porque corria atrás de propina.
Enquanto mais da metade dos brasileiros não conseguem se alimentar como deveriam e com as taxas de miséria atingindo recordes históricos neste período de pandemia, a riqueza dos super ricos no Brasil também bateu recordes – o patrimônio dos milionários e bilionários brasileiros cresce US$ 34 bilhões durante a pandemia segundo a Oxfam. Ou seja, crise, pobreza e miséria para a classe trabalhadora e lucros bilionários para uma minoria que lucra com a pior crise humanitária, social, sanitária e ecológica de nossa história.
Combinar atos de rua com uma greve geral
Não há dúvidas que o governo Bolsonaro é responsável pelo atual cenário de barbárie que atravessamos e por tanto derrotá-lo é uma tarefa para agora e não para 2022, como aposta a burocracia que não tem compromisso com a vida dos explorados e oprimidos. E a única maneira para derrotar esse governo, seu projeto criminoso e a privatização dos Correios é colocar todo o povo trabalhador, as mulheres, os negros e a juventude nas ruas e impor, desde baixo, uma ofensiva em defesa dos nossos direitos.
Porém, é preciso combinar as manifestações de rua, que vem ganhando uma adesão nacional e internacional importante no último período, com uma greve geral que possa paralisar o país, exigir a abertura imediata do processo de impeachment contra esse governo corrupto e genocida e colocar a classe trabalhadora em uma ofensiva em defesa dos nossos direitos e das nossas vidas. Que todas as centrais sindicais, os sindicatos e movimentos organizem e construam pela base o próximo dia 13 de julho como dia de luta contra as privatizações e de paralisação nacional do trabalho com a perspectiva de edificar a greve geral contra Bolsonaro, seu genocídio e ataques aos nossos direitos!
Não à privatização dos Correios!
Vacina para todos/as/es!
Renda de um Salário-Mínimo!
Fora, Bolsonaro e Mourão! Eleições Gerais!
Rumo à greve geral!