Não à federalização do caso Marielle

Em sua saga sem fim para proteger a si mesmo e seus filhos, diretamente relacionados às investigações por corrupção na Câmara Estadual do Rio de Janeiro, que envolvem elementos foragidos e acusados de pertencer a grupo de extermínio, Bolsonaro além de querer interferir na Policia Federal, quer federalizar o caso Marielle Franco.

Marielle e Anderson, Anderson deixou companheira e um filho

Caso Marielle é peça importante na montagem do quebra-cabeça da família miliciana

Rosi Santos

Essa deve ser nos próximos dias uma das maiores preocupações da militância do PSOL, das famílias e dos amigos de Marielle Franco e Anderson Gomes, e de todos os movimentos sociais, preocupados com a justiça e que querem mais do que nunca, desmantelar a bomba-relógio armada no país desde o início da onda reacionária que levou ao poder Jair Bolsonaro.

Não pode de maneira alguma ser interpretada como menor, em meio ao inquérito aberto por obstrução de justiça contra o presidente e de acusação de interferência da família Bolsonaro na Polícia Federal, que o Superior Tribunal de Justiça (STJ) decida sobre a federalização, ou não, do caso de assassinato de Marielle e Anderson.

A investigação do caso Marielle e Anderson não pode ser interrompida, a justiça e a vontade das famílias devem ser respeitadas. A campanha contra a federalização, liderada pelo Instituto Marielle Franco e pela Coalizão Negra por Direitos, que reúne mais de 150 entidades que defendem a luta por direitos no país, está colhendo assinaturas contra mais essa manobra reacionária. [1]

O julgamento sobre federalização ocorre nessa quarta-feira (27). Acreditamos que esse é um momento decisivo para exercer toda a pressão, para que o caso não só continue no Rio de Janeiro, bem como, o mais longe possível do alcance da família miliciana e seus amigos influentes.

Justiça por Marielle e Anderson, não à federalização! 

Por Marielle e por todas nós exigimos justiça!


[1] http://federalizacaonao.org