SEVERINO FÉLIX
A onda reacionária “bolsonarista” quer impor constante repressão aos movimentos sociais e organizações de esquerda no Brasil
Em mais um caso de arbitrariedade tivemos no dia 24 de junho a decretação da prisão de 4 lideranças do movimento sem-teto na cidade de São Paulo.
O governador João Dória (PSDB), discípulo também da extrema direita raivosa, persegue os movimentos sociais e servidores públicos desde a época de prefeito em 2018. Esse foi o caso das várias prisões e criminalização de vários militantes, principalmente da juventude (estudantes), como foi o caso no estado de São Paulo 14 pessoas presas, sendo 10 estudantes da USP e 3 trabalhadores do sindicato também da universidade.
Desde as eleições de 2018 se configura no cenário político nacional a polarização entre “esquerda e direita” na qual qualquer opinião contrária ao atual governo é considerada de “esquerda”. Porém, essa eleição nos trouxe algo singular: o posicionamento político de uma extrema direita que até então se mantinha escondida dentro de outros partidos de direita.
Essa extrema direita brasileira se espelha na direita norte americana xenófoba (Donald Trump), misógina e racista e ganha espaço político na inércia da esquerda brasileira.
A cada dia é necessário atacar e tirar direito da classe trabalhadora, vimos isto na reforma trabalhista e na terceirização aprovada no governo de Temer.
Agora, no governo Bolsonaro a famigerada reforma da Previdência visa atacar toda a classe trabalhadora, as mulheres e a população mais pobre. Para tanto é necessário conter qualquer movimento que se contraponha a esse projeto de rebaixamento dos direitos da classe trabalhadora. É preciso assim endurecer a repressão a quem ousar ir às ruas protestar contra as reformas em curso.
Existe uma grande aliança em curso dos governantes, militares e setores do grande capital para silenciar os movimentos sociais para estabilizar o país e aplicar as reformas propostas pelo Fundo Monetário Internacional.
Presenciamos tal forma de repressão no último dia 15 de maio, na greve nacional contra a reforma da previdência nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador, Distrito Federal, Porto Alegre, Minas Gerais e Pernambuco. Nos Estados onde houve maior número de protestos ou que os movimentos sociais estavam mais organizados a repressão por parte da polícia militar foi brutal.
Precisamos resistir a esses ataques. É necessário criar uma grande frente de resistência organizada em defesa do direito de organização e luta desde a base. Além disso, precisamos superar os entraves da burocracia – sindical e política – para voltar a ocupar as ruas de forma massiva, como nas últimas manifestações contra o corte de verba na educação no dia 15 e 30 de maio. Essa é a única forma eficiente de retomar a ofensiva e repelir a repressão.
Fim das prisões arbitrárias!
Pela liberdade de organização e luta!
Não à “reforma” da Previdência!
Fora Bolsonaro e Morão!
Eleições Gerais Já!