O dia da greve e da mobilização abalou a situação política francesa. A reforma consiste em aumentar a idade de aposentadoria de 62 para 64 anos.

REDAÇÃO IZQUIERDA WEB, 20 de Janeiro
Os serviços de trem foram paralisados e as escolas fechadas. A rejeição social é generalizada. Segundo as pesquisas, 61% da população rejeita este projeto e 58% concorda com a greve.

Houve mais de 200 manifestações em todo o país. A maior, Paris, com mais de 400 mil pessoas.

A reforma consiste em aumentar a idade de aposentadoria de 62 para 64 anos. Além disso, pretende-se que até 2027, 43 anos de contribuições sejam necessários para receber uma aposentadoria completa.

Macron tinha a intenção de avançar com esta reforma em 2020, após prometer fazê-lo durante sua campanha em 2017. Mas a chegada da pandemia o obrigou a adiá-la. Em 2010, Nicolas Sarkozy havia conseguido, não sem grande resistência, aumentar a idade de aposentadoria de 60 para 62 anos.

As greves começam a se generalizar

De acordo com os sindicatos, 70% dos professores do ensino fundamental participaram da greve e 65% dos professores do ensino médio.

Os trens e o metrô tinham serviço reduzido ou nenhum serviço. Uma linha de metrô foi completamente fechada e outras 12 estavam apenas parcialmente operacionais, de acordo com a RATP. A empresa ferroviária SNCF planejou um trem de alta velocidade em três ou cinco, dependendo das linhas, e um trem regional em dez, em média.

O fornecimento francês de eletricidade também é reduzido. A operadora francesa de rede elétrica RTE anunciou que a redução no fornecimento é equivalente ao dobro do consumo de Paris.

Nas refinarias de petróleo, a CGT informou que entre 70 e 100% do pessoal entraram em greve.

O governo tentaria finalizar ao projeto de lei na segunda-feira, a fim de enviá-lo ao debate parlamentar. Ele está tentando apressar as coisas para fazer a reforma passar, apesar das greves.

Macron não terá facilidade. As greves de ontem foram imensas, as mobilizações massivas, o dia dos protestos paralisaram o país.