“Reforma” da Previdência a serviço dos ricos
POR ANTONIO SOLER
Jair Bolsonaro (PSL) é inimigo de tudo o que tem a ver com direitos, liberdade e soberania. Desde que começou a governar não teve um dia que não atacou os direito das mulheres, dos negros e dos homossexuais.
Por isso, há um crescente descontentamento com o governo que pode ser observado no dia-a-dia e medido em pesquisas de perda de popularidade.
Isso não é por menos! Como não bastasse desemprego, arrocho salarial e piora das condições de vida, o governo beneficia os ricos e ataca os direitos dos trabalhadores.
Para os trabalhadores, congelamento do salário mínimo, corte de verbas e uma série de outros ataques, para os ricos, perdão de dívidas e isenção fiscal. Mas, não se trata apenas de ataques econômicos, esse governo quer impor ataques a todos direitos democráticos das mulheres, dos negros, da juventude e dos homossexuais.
Esse é o caso da repressão brutal através da Guarda Nacional que o governo está armando contra o Acampamento Nacional dos Povos Indígenas em Brasília.
UMA “REFORMA” A SERVIÇO DOS RICOS
Além vários ataques contra os explorados e o conjunto dos oprimidos, é a proposta de “reforma” da Previdência que mais resume o caráter antipopular desse governo.
O Projeto de Emenda Constitucional Nº6 de 2019 (PEC 6/2019) é uma verdadeira caixa de maldade contra os trabalhadores, as mulheres e os mais pobres. Alguns pontos dessa “reforma” merecem destaques:
Imposição da idade mínima de 65 anos para homens e 62 para mulheres;
Aumento do tempo mínimo do tempo de contribuição de 15 para 20 anos;
Contribuição de 40 anos para ter o benefício integral; redução do benefício para os idosos mais pobres (BPC) de um salário mínimo para R$ 400;
Privatização da Previdência através do sistema de capitalização.
Enquanto os ricos não pagam o que devem para a Previdência (mais de R$450 bilhões em dívidas com a Previdência), além de não terem suas fortunas e lucros taxados, a proposta de “reforma” tem por objetivo acabar com a solidariedade entre os trabalhadores através da Previdência Pública e impor condições para privatizar todas as aposentadorias. O que irá gerar lucros gigantescos para os bancos e fundos de pensão, e insegurança e pobreza na velhice para os trabalhadores.
COM LUTA PODEMOS DERROTAR ESSE GOVERNO
As últimas lutas dos trabalhadores demonstraram que podemos derrotar Bolsonaro e todos os seus ataques.
É justamente o que indicam as manifestações contra o governo vistas durante o Carnaval, o 8 de Março (Dia Internacional de Luta das Mulheres) e o Dia Nacional de Luta, em 22 de março.
É por isso que o governo está encontrando dificuldades em seguir com a reforma no Congresso Nacional. Ou seja, deputados e senadores estão com medo da repercussão que pode ter para suas carreiras se votarem em um projeto tão prejudicial para o povo.
Essa crise entre os poderosos precisamos aproveitar para derrotar de vez a PEC 6/2019. Por isso, é um absurdo que depois do dia 22/03 as centrais sindicais – principalmente a CUT -, não tenham realizado outro Dia Nacional de Luta, marcado e construído uma Greve Geral para acabar de vez com a tramitação dessa “reforma”.
Essa é uma lentidão que apenas favorece a recomposição do governo para articular sua base, convencer os trabalhadores de que não há outra alternativa e comprar os votos necessários para aprovar a “reforma”.
A unificação de todas as centrais sindicais no próximo Ao do 1º de maio (Dia Internacional do Trabalhador) é uma medida correta. Mas, a exemplo de outros processos, não podemos confiar nas direções da ampla maioria das centrais, que sempre querem negociar pelas costas dos trabalhadores ou recuar a luta quando podemos derrotar o governo ou os patrões.
Podemos derrotar Bolsonaro! É por isso, que nosso partido, o PSOL, precisa mover todas as forças para organizar um grande 1º de Maio e, também, atuar no sentido de exigir que as centrais organizem desde já uma poderosa Greve Geral para derrotar de vez a proposta de “reforma” da Previdência.
BASTA DE BOLSONARO!
DEROTAR A REFORMA DA PREVIDENCIA E TODOS ATAQUES!
CONSTRUIR JÁ UMA GREVER GERAL ORGANIZADA PELA BASE!
