O FMI, suas “aventuras” na Grécia e perspectivas...
Ler sobre a crise grega provoca em qualquer argentino uma sensação estranha de um loop temporário muito difícil de descrever. Após a eclosão da crise da dívida grega em 2010, os testemunhos de trabalhadores e pessoas em geral que chegaram à TV daquele país, falavam de situações alarmantes em um sem número de áreas conhecidas de todos nós: o desemprego em massa, crise na saúde e educação, e, mais tarde, bloqueio de contas correntes, privatizações, aumento da idade de aposentadoria, etc. Os gregos sentiam-se refletidos nas imagens do Argentinazo, que souberam atravessar pelo mundo, como uma resposta popular à crise brutal, crise em que a continuidade das políticas do FMI tinha muito a ver. Neste trabalho, propomos atualizar parcialmente a situação na Grécia para que o leitor incauto e nem tanto, esteja atualizado sobre o que o acordo do governo de Macri com o FMI pode significar em áreas como saúde, emprego e educação, nos observando novamente no espelho grego.
Nicarágua: Romper com a armadilha do “diálogo”!
Na hora de escrever este artigo completam-se exatamente dois meses desde que se iniciou os protestos contra a reforma neoliberal do sistema previdenciário na Nicarágua que, diante da brutal repressão o governo Daniel Ortega, transformou-se em uma rebelião popular a nível nacional que exige sua saída imediata do poder.
Mudanças na ordem mundial?
Neste último fim de semana, dois importantes encontros internacionais aconteceram. O primeiro é o G-7, um grupo que reúne os EUA, Canadá, França, Alemanha, Japão, Reino Unido e Itália. Trata-se dos países industrializados tradicionais, o bloco atlântico-ocidental que desde a Segunda Guerra Mundial estava globalmente alinhado em torno da superpotência norte-americana. O outro encontro é o da "Organização de Cooperação de Xangai", um grupo formado em 2001 e cujos principais membros são a China, a Rússia e (desde o ano passado) a Índia e o Paquistão. Ou seja, um bloco de potências emergentes da periferia tradicional, com um eixo na Ásia.
Estados Unidos: detendo crianças imigrantes!
Nestas semanas, o governo de Donald Trump encenou um novo escândalo global. Se trata da detenção sistemática de crianças migrantes na fronteira com o México: já existem mais de 2.300 casos de menores que o governo dos EUA separa de seus pais e encerra em "centros de detenção". As imagens que circulam na imprensa internacional falam de uma prática bárbara, com crianças entre zero e doze anos espremidas em estabelecimentos que parecem prisões.
Argentina e Brasil ante uma prova de forças
A soma da crise econômica, das políticas aberturistas e a perda acelerada de prestígio de ambos os governos, juntamente com o surgimento de movimentos sociais a partir de baixo, estão moldando uma nova conjuntura, onde em seus desenvolvimentos poderiam ir tanto para a esquerda quanto para a direita, dependendo dos grandes confrontos sociais que estão se colocando na agenda.
Argentina: superar freio da burocracia
Em 25 de maio, uma grande manifestação aconteceu nas ruas próximas ao Obelisco. O Kirchnerismo e a burocracia sindical foram os convocadores do evento que teve como lema central "O país está em perigo". Milhares de jovens e trabalhadores expressaram sua rejeição ao acordo do governo com o FMI e descobriram que, depois de cantar o hino, nenhuma medida de luta foi chamada. As organizações sindicais que estavam presentes permaneceram caladas quando os manifestantes começaram a cantar: "Greve, greve, greve, greve geral", porque não era o objetivo dos convocadores construir um plano de luta ou o chamado à greve. O que era então? Vamos começar pelo começo:
Encontro entre as Coreias
Em 27 de abril, uma reunião histórica aconteceu na península coreana. Os presidentes da Coréia do Sul e Coréia do Norte (Moon Jae-in e Kim Jong-un, respectivamente) reuniram-se na zona desmilitarizada de Panmunjom (na fronteira entre os dois países), com o objetivo de começar a avançar para a resolução. do conflito entre as partes. O encontro foi apresentado como um grande sucesso, mostrando um ambiente descontraído e amigável (possivelmente, pela primeira vez na história das Coréias).
Esquerda argentina debate conjuntura brasileira
No sábado, 21 de abril, um debate organizado por Razão e Revolução teve lugar na sede da Conadu Histórica em San Cristóbal. Pelo Novo MAS participou Martin González Bayón, diretor deste semanário; interveio por Razão e Revolução, Fabian Harari; pelo Partido Operário expôs Guillermo Kane e pela Esquerda Socialista, José Castillo. Agradecemos à Razão e Revolução pelo convite para participar desta atividade que consideramos muito valiosa para promover não apenas o sempre frutífero debate dentro da esquerda. Não foram discutidas apenas as tarefas dos revolucionários hoje, isto é, se devemos nos mobilizar pela liberdade de Lula ou por seu aprisionamento, senão que estave em debate a caracterização do governo de Temer e do processo de destronamento de Dilma.
Derrotar Macron com a greve geral
Na edição de quinta-feira passada do informativo "24H Pujadas", o secretário geral da CGT, Philippe Martinez, fez uma vergonhosa livrada de cara do governo de Macron enquanto se colocava contra os próprios militantes de sua central sindical, em uma atitude completamente indepenedente dos trabalhadores e funcionários do governo. É que por causa das enormes mobilizações de trabalhadores ferroviários, estudantes e outros setores em luta, na última quinta-feira, se viu um grupo de militantes da CGT incendiar alguns manequins com os rostos do primeiro-ministro Edouard Philippe e do presidente da ferrovia. SNCF, Guillaume Pépy.
Clima de rebelião popular percorre a Nicarágua
Depois de cinco dias de mobilização na Nicarágua o ânimo dos manifestantes não diminui. Os protestos continuam, as barricadas se estendem e a solidariedade de diversos setores começa a se integrar à luta. O governo recuou na reforma da seguridade social, porém para negociar com as câmaras patronais.