As condições hoje são as mais favoráveis dessa última década para romper com uma persistente dinâmica em que apenas uma classe social no país tem se dedicado a fazer política cotidianamente, ou seja, a burguesia e seus representantes de várias roupagens!
Estamos diante de uma janela política em relação a qual não podemos demonstrar nenhuma passividade, pois é possível recolocar em cena o protagonismo político do movimento de trabalhadores, estudantes, mulheres, negros, LGBTQIAPN+ e outros, para cristalizar uma nova correlação de forças que nos permita derrotar categoricamente a extrema direita bolsonarista e os ataques de todos os governos e avançar para a conquista de direitos e demandas históricas de nossa classe.
Com total independência de classe e sem nenhuma confiança no governo, na “justiça” e nos patrões, que dão as mãos para atacar os direitos dos trabalhadores e dos serviços públicos, como é o caso do novo teto de gastos e o pacote fiscal anunciado recentemente pelo governo Lula3, precisamos combinar imediatamente as nossas pautas econômicas com as pautas políticas e democráticas.
Isto é, a luta pelo fim da jornada 6×1 hoje não pode estar desvinculada da luta pela prisão de Bolsonaro e de todos os golpistas. Na verdade, a centralidade da luta hoje passa por essa tarefa histórica: romper com o ciclo permanente de anistia ao golpismo e e reafirmação do reacionarismo de maneira geral que tem custado tão caro à nossa classe.
Sem nenhuma confiança no lulismo, na “justiça” burguesa, a luta pela punição dos que atentaram contra as liberdades democráticas é também a luta contra aqueles que defendem a exploração do trabalho sob a escala 6×1. Ou seja, impor pelas ruas a punição categórica deste setor, de suas lideranças e financiadores, é fazer recuar a extrema direita, os ataques neoliberais de todas as ordens e abrir passo para para nossas conquistas!