Meios de comunicação internacionais somam-se a importantes demonstrações de apoio que correram o país com a pré-candidatura de Manuela Castanheira, única mulher a concorrer a presidência no país da Maré Verde e de #NiUnaMenos.
No sábado, 22 de junho, encerra-se o prazo para a inscrição dos nomes dos candidatos para as próximas eleições presidências na Argentina e destaca-se entre todas as pré-candidaturas a presidência a de Manuela Castanheira, a mais jovem e única candidata mulher.
O anúncio da única candidatura presidencial proveniente do movimento de mulheres ganhou relevância a nível nacional e internacional, recebendo apoio, simpatia e solidariedade de amplos setores por ser uma candidatura diretamente representativa de um dos principais movimentos de luta a nível mundial. Isto também se repetiu no importante meio digital espanhol La Vanguardia que, em um artigo intitulado “Uma campanha exige a inclusão de uma feminista na lista eleitoral argentina” destacando:
“Apesar da relevância na agenda social Argentina, as temáticas feministas como as mobilizações coletivas “Nem Uma a Menos” e pela Lei de Interrupção voluntária da gravidez, este ano somente uma mulher se apresenta como pré-candidata à presidência no país. Trata-se da dirigente de esquerda Manuela Castanheira, do Novo Movimento ao Socialismo, que, como os demais candidatos deverá obter nas internas abertas no próximo 11 de agosto, ao menos 1,5% dos votos válidos para poder representar seu partido nas eleições gerais de 27 de outubro”.
Não poderia ser de outra forma em que a dinâmica do movimento de mulheres acompanha e influência a tendência a nível mundial, com marcos internacionais como a greve de mulheres, o #NiUnaMenos e a maré verde pelo direito ao aborto livre, legal, seguro e gratuito, que reacendeu a luta pelo direito a interrupção voluntária da gravidez em toda América Latina e que tingiu o tapete vermelho no Festival internacional de Cannes.
Atento a este movimento, que é hoje um dos mais dinâmicos a nível mundial e particularmente na Argentina, que o Nuevo Mas – um dos dois na lista da esquerda na corrida presidencial nacional – tenha privilegiado a candidatura da jovem dirigente e figura pública Manuela Castanheira, que encabeçou a lista de seu partido em 2015 e é uma das principais referências da esquerda no movimento de mulheres.
De maneira similar, o diário HOY do Paraguai destacou a candidatura de Castanheira em uma nota intitulada “Só uma mulher se apresenta como candidata a presidência na Argentina”. Na mesma reportagem destacaram: “Só uma mulher, a esquerdista Manuela Castanheira, mostrou até agora a intenção de concorrer à Presidência da Argentina nas próximas eleições de outubro, que serão precedidas em 11 de agosto por primárias nacionais na qual se determinará a lista definitiva de candidatos.”
“Licenciada em sociologia e autodenominada ‘socialista e feminista’, Castanheira lidera a chapa eleitoral pelo Novo Movimento ao Socialismo (Nuevo MAS), que conta com Eduardo Mulhall como candidato à vice-presidência”, continua o artigo.
Tradução: Sara Vieira