TODOS ÀS RUAS CONTRA A REFORMA DA PREVIDÊNCIA
Apesar da traição das principais centrais sindicais, devemos manter as mobilizações do dia 5/12
A semana se iniciou em todo país agitada com uma possível greve geral no dia 05 de dezembro. Chamada pelas centrais sindicais, diversos setores da esquerda passaram a mobilizar suas categorias, realizando panfletagens em vários locais e assembleias preparatórias.
Essa greve geral estava sendo convocada em um momento crucial para barrar a votação da reforma da previdência e não seria mais uma greve por três razões importantes.
A primeira e mais óbvia é o caráter ultrarreacionário e anti-operário do conjunto das reformas que estão tirando direitos historicamente conquistados pelos trabalhadores e que só pioram as condições de vida das massas.
A segunda é que o governo enfrenta dificuldades no Congresso Nacional para aprová-las, pois seus aliados sabendo que estas são medidas impopulares temem o voto castigo nas eleições de 2018.
A terceira é que a classe tem tirado suas próprias conclusões sobre o caráter desse governo. Haja visto o que tem significado concretamente os efeitos desastrosos da reforma trabalhista sobre os ombros dos trabalhadores.
Assim, estamos em um momento no qual as condições para resistir e derrotar a reforma da previdência estão cada vez mais favoráveis, podendo o dia 5 de dezembro ser um grande dia de luta que colocaria em xeque o governo.
Diante disso, classificamos a suspenção dessa greve nacional por parte de CUT, Força Sindical, UGT, CTB, Nova Central e CSB não só como erro tático, mas como uma descarada traição aos trabalhadores.
Apesar disso, setores importantes como a Frente Povo Sem Medo, CSP-Conlutas, InterSindical, Oposição Alternativa na APEOESP e diversos sindicatos pelo país têm mantido atos e mobilizações para essa data.
Como resposta a essa traição das principais centrais, é inadmissível que as organizações não construam atos unificados e ações unificadas no dia 5 de dezembro. É preciso assim manter a mobilização com grandes atos unindo toda a esquerda, movimento populares e os trabalhadores em todos os Estados contra o governo e a reforma da previdência.